Real, a moeda que estabilizou a economia brasileira, completa 18 anos


O real completou hoje, 1º de julho, 18 anos de pleno sucesso na estabilização da economia brasileira. Fruto do então plano econômico lançado durante o governo Itamar Franco e conhecido como Plano Real - plano este criado por um grupo de renomados economistas reunidos pelo então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso -, esta moeda conseguiu atingir as metas então esperadas, reduzindo a inflação (objetivo principal), ampliando o poder de compra da população e remodelando os setores econômicos nacionais.


Antes do seu lançamento, em 1º de julho de 1994, estava em circulação o cruzeiro real (CR$), moeda criada por medida provisória pelo governo Itamar em 1º de agosto de 1993 para efeito de ajuste de valores, isto é, cortar três zeros da moeda até então corrente, o Cruzeiro (C$), tal como aconteceu com as moedas anteriores, mas sem que isso representasse qualquer controle sobre a inflação galopante da época. No mesmo mês do seu lançamento a inflação atingiu 33,53%, e em janeiro de 1994,  42,19%, o que dava uma média de (pasme) quase 5.000% ao ano!

Então, em 28 de fevereiro de 1994, o Banco Central passou a publicar os valores diários da Unidade Real de Valor (URV).  Atuando juntamente com o cruzeiro real, a URV serviria como moeda escritural para todas as transações econômicas, com conversão obrigatória de valores, promovendo uma desindexação geral da economia, isso até 30 de junho de 1994. No dia seguinte a esta data seria lançada a moeda real, cujo valor seria de R$1,00 por 1 URV, ou CR$ 2.750,00 (com R$2,00 dava pra comprar 2 kgs de carne e mais algumas coisinhas). Naquele ano, a inflação até julho foi próximo de 815,60% e ultrapassou os 900% no acumulado do ano, enquanto que a inflação acumulada no ano seguinte foi de 22%.

Palavras de Joelmir Beting na época:
"Aqui jaz a moeda que acumulou, de julho de 1965 a junho de 1994, uma inflação de 1,1 quatrilhão por cento. Sim, inflação de 16 dígitos, em três décadas. Ou precisamente, um IGP-DI de 1.142.332.741.811.850%. Dá para decorar? Perdemos a noção disso porque realizamos quatro reformas monetárias no período e em cada uma delas deletamos três dígitos da moeda nacional. Um descarte de 12 dígitos no período. Caso único no mundo, desde a hiperinflação alemã dos anos 1920."

Estas informações mostram que o atual estado de "graça" pelo qual o Brasil passa não é fruto desse ou daquele governo, mas sim de um processo que se iniciou antes mesmo do real ser idealizado. Alguém lembra de quando os nossos carros foram chamados de carroças pelo presidente Fernando Collor e por esse motivo ele resolveu abrir o mercado brasileiro para o mundo? Então.

Queiramos ou não, essa abertura motivou muitas outras atitudes, inclusive o Plano Real e as privatizações nos governos Itamar e FHC (atitudes essas que foram motivo de críticas ferrenhas pelo PT), importantíssimas pelo sucesso dos programas sociais implantadas pelo governo FHC, os quais foram ampliados e aprimorados pelo governo Lula e mantidos pelo governo Dilma.

Por trás disso tudo tem ainda o mérito dos milhares de técnicos do governo, assim como daqueles economistas que idealizaram o Plano Real além custo dos bilhões de reais do Erário brasileiro, ou seja, do dinheiro do povo.

A quem devemos aplaudir? A nenhum deles, visto que foram bem pagos para isso e não fizeram mais que cumprir com as suas obrigações de funcionários do povo que foram.

Ainda assim, não podemos deixar de parabenizar esta moeda que é sucesso nacional. Nossos parabéns ao real!

Fonte utilizada: Wikipedia - Plano Real

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