fonte imagem: cristofoli |
Assim que a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi descrita pela primeira vez, em 1981, os cientistas começaram a se desdobrar para descobrir qual seria a causa desse mal e em 1984, depois que milhares de norte-americanos contraíram a doença, o retrovírus considerado como agente etiológico da AIDS foi indentificado.
Disputas à parte entre dois grupos de pesquisadores por tal descoberta, desde então muitos cientistas se dedicam para descobrir medicamentos capazes de prolongar a vida dos infectados.
"Em 1985 estava no mercado um teste sorológico de metodologia imunoenzimática, para
diagnóstico da infecção pelo HIV que podia ser utilizado para triagem em bancos de
sangue. Após um período de conflitos de interesses político-econômicos, esse teste
passou a ser usado mundo afora e diminuiu consideravelmente o risco de transmissão
transfusional do HIV", diz o artigo do site Boa Saúde.
Entre os medicamentos, o primeiro a ser usado foi o AZT, isso em 1986, porém com poucos resultados sobre a mortalidade dos infectados. Oito anos mais tarde, em 1994, surgiu o chamado "coquetel". Segundo o artigo do Boa Saúde, "houve diminuição da mortalidade imediata, melhora dos indicadores da imunidade e
recuperação de infecções oportunistas", resultados estes que geraram euforia a ponto de acreditarem que tinham descoberto a cura da AIDS, mas logo perceberam que ele não eliminava o vírus do organismo infectado.
VACINAS
As pesquisas na busca pela cura avançaram e atualmente grupos de cientistas de vários países estão focados na obtenção de uma vacina que seja altamente protetora e, de preferência, que também consiga fazer regredir a doença nos indivíduos infectados.
Algumas vacinas já foram testadas, porém “em quase todos os testes, registrou-se baixa cobertura, ou seja, a
resposta imune acontecia apenas em uma pequena fração dos pacientes que
recebiam a vacina”¹, afirma Edécio Cunha-Neto, professor da FMUSP. De acordo com ele, “em 2007, um estudo demonstrou que as células imunes dos vacinados
reconheciam apenas três pequenas partes do HIV,o que era muito pouco
para proteção, devido às constantes mutações do vírus.”²
(1; 2 - Agência USP de Notícias)
SUCESSO DA VACINA CONTRA SIV
Ontem (4), foi noticiado que cientistas da Universidade Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, conseguiram excelentes resultados em macacos em testes de uma vacina contra o SIV (simian immunodeficiency virus), um vírus que afeta os símios do mesmo modo que o HIV nos humanos e do qual há fortes suspeitas de ter originado este último por mutação/adaptação após ter contaminado um indivíduo humano.
Segundo notícia do G1, "a vacina experimental reduziu as chances dos macacos imunizados
adquirirem o SIV, quando comparados com animais que receberam apenas
placebos. Já entre os macacos que ficaram infectados, a vacina também
obteve resposta e reduziu o número de micro-organismos presentes no
sangue."
A notícia diz que para o Instituto Americano de Alergias e Doenças Infecciosas - órgão que financiou parcialmente a pesquisa -, "o segredo para uma vacina voltada a humanos passa por uma proteína
presente na superfície do vírus HIV chamada Env. No estudo com o SIV,
essa substância foi combatida por anticorpos, que podem ser vitais para 'atrasar' a infecção." Ainda segundo o G1, "o próximo passo será levar o modelo das vacinas contra o SIV símio para
desenvolver imunizações contra o HIV e iniciar testes clínicos."
TESTES CLÍNICOS DE VACINA ESPANHOLA: 90% DE SUCESSO
Uma outra notícia do G1 de setembro passado diz que uma vacina contra AIDS desensenvolvida na Espanha foi testada em 30 indivíduos não infectados e que ela teria deixado 90% deles preparados para um possível contato com o HIV e que essa resistência teria durado pelo menos um ano em 85% do voluntários.
TESTES DE VACINA CANADENSE
"Após duas décadas de pesquisa, um grupo de cientistas canadenses
conseguiu a aprovação para começar a testar uma vacina contra o HIV
experimental em seres humanos", é o que diz artigo do site thestar.com. "A vacina, desenvolvida por pesquisadores da University of Western
Ontario, recebeu um sinal verde da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para
ensaios clínicos humanos", informa o artigo.
Os testes de segurança da vacina se iniciarão durante esse mês, janeiro de 2012, quando será aplicada em 40 voluntários saudáveis.
O dr. Chil-Yong Kang, professor de virologia da Escola Schulich de
Medicina e Odontologia da Universidade de Western Ontario, chamou a
aprovação do FDA como um "marco", isso porque, segundo disse, a vacina chamada SAV001, é a primeira vacina preventiva contra o HIV aprovada para ensaios clínicos utilizando um
vírus HIV-1 morto inteiro para ativar a resposta imune em humanos.
A mesma estratégia foi usada anteriormente para desenvolver vacinas de sucesso
para a gripe, poliomielite, raiva e hepatite. A. Kang disse que estes
sucessos do passado para outras doenças virais dão esperança de que a vacina
canadense também atue satisfatoriamente contra o HIV.
O vírus da imunodeficiência humana
usado na vacina foi alterada geneticamente para torná-lo
não-patogênicos, ou incapaz de causar a doença. Kang e sua equipe de
pesquisa, em seguida, inativa ainda mais o vírus usando produtos
químicos e radiação.
"No passado, as pessoas (cientistas) não usaram essa
estratégia (usando um vírus HIV morto inteiro) porque não
sabiam como fazer um vírus seguro e e também não sabiam como fazer
grandes quantidades dela", disse Kang. "Agora temos resolvido os
problemas da engenharia genética do vírus."
O artigo diz ainda que, de acordo com a International AIDS Vaccine Initiative, há atualmente 30 vacinas
contra o HIV sendo testadas em fase 1 de ensaios clínicos em
todo o mundo.
VACINA BRASILEIRA
O Brasil não fica atrás com relação aos avanços nas pesquisas para a obtenção da vacina contra o vírus HIV. De acordo com a Agência USP de Notícias, cientistas brasileiros, com a participação da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), "criaram um modelo de vacina que atua na resposta imune das células-alvo do HIV e em maior número de partes do vírus, que apresentou características semelhantes a de vacinas altamente protetoras."
A notícia, de março de 2011, afirma que o objetivo era de que até o final do ano passado seria possível verificar se a vacina
teria efeito protetor, caso em que poderia começar a ser testada em seres
humanos.
"Os estudos procuraram identificar as lacunas das vacinas já testadas e
quais características seriam desejáveis para uma imunização mais eficaz", diz o artigo.
"A vacina experimental, totalmente desenhada, projetada e
desenvolvida por uma equipe brasileira, é protegida por uma patente na
qual a Fundação Zerbini, ligada a FMUSP, USP e o Ministério da Saúde são
os depositários." (leia o artigo na íntegra em Agência USP de Notícias)
ANTIRRETROVIRAL PODE REDUZIR RISCOS DE CONTRAIR VÍRUS
Esta é a conclusão de um estudo internacional com a participação de 11 centros de pesquisas, entre eles a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Esse estudo "revelou que o uso da pílula Truvada, uma combinação de dois
antirretrovirais já existentes — o tenofovir e o entricitabina – pode
reduzir em até 73% o risco de se contrair o vírus HIV."
"Participaram do estudo 2.499 voluntários, grupo composto por homens,
travestis e transsexuais femininas, que tinham como parceiros sexuais
pessoas do sexo masculino. Os participantes foram avaliados por um
período de três anos. Os voluntários foram divididos em dois grupos: o
primeiro recebeu o antirretroviral e o segundo, placebo. Eles foram
orientados a tomar uma dose diária do comprimido. Além disso, ambos os
grupos foram aconselhados a adotar medidas preventivas e receberam
preservativos, testes mensais para detecção do vírus e tratamento para
DSTs.
Resultados
No grupo que recebeu o antirretroviral, foi detectada redução geral de 44% no risco de infecção. Os pesquisadores levaram em conta, nesta avaliação, todos os voluntários deste grupo, independente de terem tomado diariamente a medicação, conforme a recomendação inicial. Para participantes com mais de 50% de adesão aos comprimidos a eficácia foi de 50%. Para os que relataram mais de 90% de adesão à medicação a proteção chegou a 73%. (leia artigo na íntegra aqui).
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Como pudemos constatar, com o empenho de cientistas de várias partes do mundo, inclusive do Brasil, não tardará para que se encontre de uma vez por todas a vacina e a cura para essa doença que retirou a vida de muitas pessoas, gerou sofrimentos para outras tantas e mudou os hábitos da maior parte da população planetária.
Infelizmente, como o egoísmo é intrínseco à natureza humana, muitos dirão que não dão o menor valor para isso, visto não que "não se enquadram" no chamado "grupo de risco" e, pior, bem sabemos que alguns ainda chegarão a dizer que são contra a vacina por acreditarem ser melhores que os demais indivíduos, santos até, e que aqueles que se infectaram o "mereceram". Ignorantes, egoístas, vaidosos e desumanos, estes esquecem ou não sabem que todos correm o risco de ser infectados, sejam crianças, adultos, idosos ou "santos", além do que os estudos para chegar aos resultados atuais deram aos cientistas um imenso know how que resultou na melhor compreensão de outras doenças virais o que redundou no desenvolvimento de uma nova geração de medicamentos para combatê-las.
Ao contrário do pensamento de muitos, vejo os cientistas como instrumentos de Deus para beneficiar o ser humano, ainda que a maioria deles não acreditem um mínimo na existência do Divino. Digo mais, que a dedicação deles para ajudar o próximo é muito maior do que daqueles que se dizem cristãos e que costumam olhar apenas para seus próprios umbigos e sem se tocarem que cotidianamente se utilizam dos produtos da Ciência para seu próprio conforto, ou seja, os que atacam estes cientistas por serem "ateístas" estão "cuspindo no próprio prato que comem".
Que Deus abençoe e mantenha sempre iluminados estes cujas mentes brilhantes salvam milhões e os quais entendo como mais cristãos do que aqueles que apenas se rotulam como tal e nada fazem ao seu próximo, a não ser a eles mesmos.
Recentemente recebi uma noticia que já existe cura para o cancêr de garganta. Se existir o de AIDS, será mais um grande passo da medicina. Dizem os conspiradores que essa vacina já existe a muito tempo, mas que não é publicada porque as industrias farmaceuticas ganham muito dinheiro com os medicamentos que devem ser usados para sempre. Faz sentido? Eu acho que sim
ResponderExcluirAcho isso bem improvável, amigo, porque o maior problema em se fazer uma vacina contra o HIV se dá pelo fato do vírus ser mutante. Como está no artigo, sim, já existem algumas vacinas, porém com resultados pífios.
ResponderExcluirCom relação à indústria farmacêutica, sabemos que realmente só visam lucro e até algumas supostas "pandemias", assim como as das gripes aviária e suína, que matariam milhões em todo o mundo, são noticiadas para vender determinado tipo de vacina ou remédio, tal como o foi. Basta saber que a gripe comum mata muito mais do que estas duas para saber do que essa indústria é capaz para obter lucro.
Mas, com o HIV a coisa é diferente. Para entender a sua capacidade de mutação é só avaliar a velocidade em que passou de SIV, dos símios, para o HIV, dos humanos.
Torçamos para que os cientistas consigam logo a vacina, o que acredito ser em muito breve.
Obrigado pela sua participação. Abçs
Muito já se falou sobre AIDS ate mesmo que foi criada em laboratório ARMA BIOLOGICA, mas não podemos afirmar. Concordo Soul, acho improvável mas se a ciência encontrar o medicamento que prolongue a vida dos portadores já é uma conquista!
ResponderExcluirAbraços
Namastê
Obrigado pela sua participação, Katia! Uma excelente semana pra vc!
ResponderExcluirNamastê